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sábado, 29 de maio de 2010

O SONHO DE CATARINA

Conto de Margarete Solange.

Catarina tinha um grande sonho: participar de um concurso de beleza e ser a vencedora. E é claro que seria a vencedora! – pensava e dizia. – Considerava-se belíssima e, na realidade, o era. A sua formosura era tamanha que chamava a atenção das pessoas quando passava pelas ruas. Ela sabia que muitos olhares estavam voltados em sua direção: homens, mulheres, crianças, todos olhavam quando ela passava faceira, nariz empinado, jogando propositadamente os sedosos cabelos de um lado para o outro. A finalidade principal desse seu gesto era mesmo chamar a atenção, provocar inveja nas mulheres que não tinham o privilégio de ter os cabelos lindos como os seus. Parecia estar constantemente desfilando numa passarela: tinha um jeito especial de andar... de sorrir... de falar. Uma coisa assim que não se explica. Os seus passos eram macios, parecendo flutuar em vez de caminhar; andava na ponta dos pés. Estudava balé (para satisfazer as suas vaidades, os pais faziam qualquer sacrifício). Cuidava da pele com produtos especiais, e que pele era a sua! Macia como pétalas de rosas. A sua cor era linda! Os olhos então, nem se fala... 
Catarina era uma mocinha deslumbrante, mas tinha um defeito físico a respeito do qual ela nunca falava. Na verdade, ela odiava esse defeito e tentava ocultá-lo o quanto podia. Ninguém era conhecedor dessa sua particularidade, a não ser a própria família, ou melhor: o pai, a mãe, os dois irmãos mais velhos e a irmã mais nova, Claudenice.
Bom... continuando onde parei: o ponto fraco de Catarina era as orelhas, um pouco grandes. Porém, ninguém, além dessas poucas pessoas, sabia de seu segredo, porque ela tinha o cuidado de não deixá-las à mostra. Para manter esse segredo, fazia qualquer coisa e, como era uma mocinha muito enjoada, os seus irmãos a enfrentavam com a única arma que tinham contra ela, quer dizer, quase única, porque havia também o nome, que ela odiava: chamava-se Antônia Catarina, por causa de uma promessa feita por uma comadre de sua mãe, logo que soube que a menina nascera laçada pelo cordão umbilical (existem os que acreditam na ingênua superstição de que as meninas que nascem laçadas, se não se chamarem Antônia, não se criam).Assim sendo, para deixá-la profundamente irritada, bastava chamá-la pelo primeiro nome ou, por outro lado, fazer menção ao tamanho de suas orelhas. Com essas duas armas, os irmãos conseguiam dela tudo que quisessem, qualquer favor, por mais delicado que fosse.
Claudenice, então, bastava que fosse levemente ofendida para lançar-lhe em rosto um desses dois “defeitos”, tão indesejados. Mas, na realidade, nenhum deles podia trair a irmã, revelando o seu segredinho sobre o tamanho de suas orelhas, uma vez que, quem o fizesse, receberia dos pais o mais duro castigo que pudessem dar. Para proteger Catarina, faziam qualquer negócio. Eles próprios encarregaram-se de esconder o defeito da filha durante toda a sua infância e adolescência. A pobre menina crescera cercada de muitos cuidados, a fim de que ninguém lhe percebesse tal imperfeição.

– 2 –


Finalmente, um concurso foi lançado, exatamente quando a garota havia atingindo a idade de dezoito anos, e nada a impedia de poder inscrever-se. Faltava-lhe o sono à noite, pensando como seria a novidade. O dia da inscrição chegou. Os seus pais, pessoalmente, providenciaram-lhe a participação no concurso. Tinham certeza da vitória.
Aproximava-se o grande dia. Catarina ensaiava, dia e noite, em frente ao espelho de seu quarto. Num desses dias, discutiu com a irmã, xingaram uma a outra, atracaram-se pelos cabelos... A mãe, pondo-se no meio das duas, deu um fim à confusão, fazendo ameaças de castigar a filha mais nova, caso ela voltasse a provocar a sua favorita. Quando estavam novamente a sós, Claudenice, sentindo-se magoada pela injustiça cometida pela mãe, fitou a irmã com um olhar penetrante, colérico, e disse-lhe:
– Cuidado hein, Antônia, o concurso vem aí... talvez suas adversárias gostem de saber que par de orelhões você tem!
Catarina gelou, tornou-se pálida, perdeu o sono. Enquanto isso, vez por outra se olhava no espelho e, vendo que a irmã estava adormecida, levantava os longos cabelos e contemplava as orelhas, que pareciam maiores a cada vez que, mecanicamente, repetia esse gesto neurótico.
No dia seguinte, passou a tratar Claudenice com as maiores gentilezas, fazendo-lhe todas as vontades. Nada poderia estragar o seu grande sonho de ser reconhecida oficialmente, em toda a cidade, como sendo a moça mais bela. As suas amiguinhas iriam morrer de inveja. Quando ganhasse o concurso, teria dinheiro suficiente para fazer uma plástica, um implante de umas orelhas feitas sob medida, ou qualquer outra coisa que solucionasse o seu problema. Depois disso, então, poderia acertar as contas com a irmã. Daria o troco por ter tido que lhe fazer bajulações além da conta.

 – 3 –


Numa noite, nem quente nem fria, deitou-se mais cedo que de costume. Com o olhar fixo no teto do quarto, sonhava com o grande dia, e dizia para si mesma que tudo estava sob controle, que nada, nem ninguém iria atrapalhar os seus planos... até que:
– Antônia... queridinha...– Era Claudenice que entrava pela porta do quarto, falando com ironia e fitando-a com cara de felicidade. – Adivinha o que tenho pra te dizer?
Catarina, com voz doce, tentando ser muito agradável, perguntou à irmã o porquê de tamanha felicidade estampada no seu rosto. Ela, então, fez-lhe saber a grande nova: todas as candidatas do concurso iriam usar roupas e penteados iguais... e o modelo escolhido fora os cabelos presos no alto da cabeça, deixando as orelhas à mostra.
– Essa não!... não!... não!... – gritava a bela moça, no maior pranto.
Claudenice ria... ria... ria... e quanto mais a outra se desesperava, mais ela gargalhava, segurando os próprios cabelos no alto da cabeça e desfilando pelo quarto com passos leves, imitando o andar da candidata à mais bela garota da cidade.
– Antônia Catiii... – cantava provocadora – olha as orelhinhas de fora. Catiii!... ninguém vai conseguir enxergar seus belos olhos cor de mel... – desatava a rir – mas as suas orelhas...
A moça chorava, desesperada. Não havia ninguém na casa que pudesse ouvi-la. Todos tinham saído. Ela se jogava na cama e colocava os travesseiros em volta da cabeça. No entanto, continuava ouvindo a irmã anunciar o seu nome, e como uma serpente que cospe longe o seu veneno, lançava no ar uma multidão de palavras ferinas.
A bela moça, ainda transtornada, deixou-se conduzir até diante do espelho. A irmã, com expressão impiedosa no olhar, levantou-lhe os cabelos de fios de seda, pondo-lhe as orelhas de fora. Catarina, horrorizada, fechou rapidamente os olhos para não ter que vê-las, porque lhe pareceram enormes, maiores que nunca!
– ANTÔNIA CATARINA! – anunciou com voz enfática. – Vencedora do concurso das mais belas orelhas do Brasil! – desatava a rir malvadamente, chegando-se mais para perto da pobre irmã, que lutava para não ouvir mais nada.
Não suportando a tortura, correu em direção à cozinha e, num impulso, abriu a gaveta do armário, tirou uma faca afiada e cortou a orelha direita. Mirou-se no vidro do guarda-louça. Arrependeu-se. Atirou a faca no chão. Contemplou a própria orelha ensanguentada no assoalho da cozinha.
– Não! Não! – gritava descabelando-se, sentindo o sangue quente descer de sua orelha decepada. – Minha orelha!... – chorava. – Minha orelhinha!...
Nesse instante, Claudenice apresentou-se no portal que dividia a cozinha da sala de jantar. Apanhou a faca do chão e a estendeu em direção à irmã, que a fitava aterrorizada.
            – A outra Cati... a outra também é enorme...
            – Não... a outra não... a outra não... a outra não – repetia, afastando-se da irmã, protegendo a orelha esquerda com a mão.
            Catarina tentava gritar bem alto para que alguém pudesse ouvi-la, mas não conseguia. A voz foi perdendo a força e foi sumindo... sumindo... sumindo...           

– 4 –


– Cati! Cati! – chamava-lhe uma voz, que parecia vir de muito longe. – O que foi, Cati?
Despertou ouvindo a voz terna de Claudenice e, sentindo-lhe a mão quente que repousava carinhosamente sobre o seu ombro. Catarina abraçou-a, chorando, enquanto segurava a orelha direita, como sem acreditar que realmente estivesse no seu devido lugar.
Quando contou sobre o terrível pesadelo que tivera, a irmã, muito compadecida, prometeu-lhe que jamais voltaria a zombar de seu defeito, e assegurou-lhe que, na verdade, não achava que suas orelhas eram tão grandes assim, apenas via nisso uma maneira de atingi-la nas horas das desavenças (Coisas desse tipo são muito comuns nas briguinhas entre irmãos).
A partir desse acontecimento, Catarina tornou-se mais humilde e menos presunçosa. Conseguiu realizar o seu sonho... – Não o sonho de cortar a própria orelha, claro! – Realizou o grande sonho de ser eleita a garota mais bonita de sua cidade. Ganhou um bom dinheiro como prêmio, porém não quis fazer plástica. Desde então passou até a usar penteados que lhe deixassem à vista o pequeno defeito. Vez por outra, ouvia algum comentário desagradável com relação às suas orelhas, mas não dava muita importância. Creio que aprendera a lição. Faço minhas as palavras de minha mãe, que, por sua vez, deve tê-la aprendido com a mãe dela: “Ruim com elas, pior sem elas!”

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Fotografia de Claudio Roberto





Fonte: Margarete Solange. 

Ninguém é Feliz sem Problemas. 
Fundação Vingt-un Rosado, 2009.

Fonte: Margarete Solange.
Mais Belo que o Pôr-do-Sol e outros contos.
Santos Editora, 2000.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

EPÍGRAFES

Para que os visitantes deste blog, que não possuem as obras da autora Margarete Solange, possam conhecer as duas epígrafes utilizadas nas brincadeiras: Novo Desafio e Novo Desafio II, aí vai o texto original juntamente com os livros nas quais elas estão publicadas.




A leitura é para mim uma companheira inseparável. Quando leio, converso com os livros, concordo ou discordo dos autores, às vezes choro ou dou boas gargalhadas.
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Margarete Solange. Mais Belo que o Pôr-do-Sol e outros contos. Santos Editora, 2000.




O homem pode não ser rico, mas se ele tiver na bagagem a leitura será mais que isso: será sábio. A sabedoria, sem dúvida, é grandiosa, é tudo na vida, não na morte. Na morte, todos os homens são igualmente leigos.
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Margarete Solange. Ninguém é Feliz sem Problemas.
Fundação Vingt-un Rosado, 2009.
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Mais Belo que o Pôr-do-Sol está esgotado, porém Ninguém é Feliz sem Problemas está disponível nas livrarias Poty e Ciciliano em Mossoró.
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Para saber mais sobre as duas obras da autora, veja, nos arquivos de março, as seções:
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*Prefácio de José Roberto
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* Qual o estilo da autora escrevendo em prosa?
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quarta-feira, 26 de maio de 2010

NOVO DESAFIO II

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Oi, pessoal, o novo desafio II exige mais raciocínio que o desafio I. A tarefa é a seguinte: vocês vão completar as lacunas deixadas na epígrafe a seguir. Não é necessário tentar adivinhar as palavras escritas pela autora nem dar uma coladinha no seu livro para ver que palavras ela colocou. Basta usar as próprias idéias e tentar fazer sentido. Se não estiver num bom dia pensante, faça opção pelo engraçado, atrapalhado ou qualquer coisa assim. Quem tá dentro levanta mão? Legal!! Eu sabia que vocês iam topar de novo.
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.Aí vai o texto:
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O homem pode não ser ______________ (1), mas se ele tiver na bagagem a leitura será mais que isso: será sábio. A __________________ (2), sem dúvida, é grandiosa, é tudo na __________________ (3) , não na __________________. (4). Na morte, todos os homens são __________________ (5) leigos.
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Margarete Solange. Ninguém é Feliz sem Problemas.
 Fundação Vingt-un Rosado, 2009.
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Atenção, pessoal, É PERMITIDO COLAR. Todavia, quem optar pela cola, seja sábio e discreto, cole umas questões e outras não, para não levantar suspeitas, ok? Mas, como já disse antes, acho que fica mais interessante se cada um tentar buscar no íntimo suas próprias ideias, mesmo que sejam meio doidas, engraçadas, atrapalhadas etc. Quem sabe se com isso, os mais tímidos até resolvem participar da bincadeira postando pelo menos um estrondoso KKKKKKK.
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Vamos nos divertir, afinal, levar a vida na BRINCADEIRA é dever de todos nós.
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O anterior foi tão divertido que até a autora quis partipar...
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Vamos lá, pessoal.  Quem se oferece para ser o primeiro?
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A MINHA ALMA AGRADECE AO SENHOR - Crônica

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de Margarete Solange
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Agradeço a Ti oh, meu Deus o Teu imenso amor, amor imutável, não importa quem eu sou. Oferto a ti a minha vida, meu tempo, meus talentos. Usa-me de algum modo para alguém que queira ouvir. Creio em ti, tal e qual a Bíblia diz. Quero ser como Davi que foi o teu amado e com o coração contrito orou a ti. Quero ser semeador. E sair a semear em boa terra, pelo caminho ou mesmo entre os espinhos... Almejo ser uma videira frutífera e ter formosos pés, como os teus pés, Senhor. Não quero jamais perder tudo e descer ao pó como aconteceu com Jó, mas se o pavor me sobrevier, sei que não estou só. Envolva-me com sua voz ou com o teu silêncio, quero sentir que estás ao meu redor. Tua presença é tudo para mim. Bálsamo na dor, alívio certo em meio à tempestade. Tua presença me faz vencedor. Tu me cobres com o teu amor e me acalentas, vivificas em mim o teu chamado e a tua chama. Quando o inimigo investe contra mim, CRESÇO e até me envaideço, porque sei que te levantas para vir me defender. Sou menina de teus olhos, sou ungida para vencer, sou agraciada, a amada do Senhor. O que mais posso querer? Ser de Deus é meu tesouro, vale mais que prata e ouro. Temer a Deus abre para mim as portas do entendimento e me traz contentamento. E a sabedoria que me envolve são os teus ensinamentos, a loucura da pregação, tua morte e ressurreição e a esperança de que um dia vais voltar para buscar os que são teus.
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Margarete Solange. Obrigada, Senhor. Em 21.05.2010.
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segunda-feira, 24 de maio de 2010

PRECISO DE TEMPO - Crônica

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de Margarete Solange
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Faz tanto tempo que não escrevo. Não escrevo porque me falta tempo. Tanto se critica os desocupados e eu hoje quase os invejo. Quem dera meu tempo fosse livre para eu ficar desocupada e poder fazer tanta coisa que gosto. Ler, por exemplo. Chego a imaginar que estou desaprendendo a ler por prazer, porque não tenho tempo. Preciso ler folhas e mais folhas de trabalhos científicos, monografias de conclusão de curso, referências a autores ou mesmo plágio (Se não existisse o plágio muitos jamais se formariam). Alguém poderia me criticar dizendo: o ser humano nunca está satisfeito. Agora que está no emprego que sempre almejou, reclama. Reclamo! Reclamar é sinal de que estamos vivos! Além disso, estou bem satisfeita ganhando o meu pão de cada dia; tão somente queria ter mais tempo para trabalhar para mim mesma. Quase invejo as pessoas que, no final da tarde, sentam-se, com o cabelo molhado e uma roupa leve, em cadeira de balanço em suas calçadas. Embora sempre achei que sentar em calçada não combina com o meu jeito de ser, mas por esses dias, meses e anos, sentar para conversar seria para mim um luxo, um refrigério. Todavia, ainda assim se me sobrasse tempo, armaria uma rede na varada e buscaria a companhia de um bom livro para ler. Queria tão somente me apossar do meu próprio tempo para empregar naquilo que bem quiser. Quem dera até pudesse acompanhar dia a dia uma programa de TV, quem dera! A verdade é que se assim fosse, significaria ter tempo de sobra para desperdiçar até mesmo com coisas não tão necessárias. Quem dera não precisasse reclamar que me falta tempo para ler e escrever sobre aquilo que realmente me interessa. Ler e escrever... Não necessariamente o dia todo, mas todos os dias, sem nada ganhar ou perder, apenas para satisfazer minha necessidade de ser livre, empregando meu tempo naquilo que verdadeiramente me faz feliz.
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Margarete Solange 
 Escrita e proferida na UERN, em Pau dos Ferros em 21 de janeiro de 2007.
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sábado, 22 de maio de 2010

FILHOS - Poesia Infantil

de Margarete Solange.
Ilustrações de Jorge Davi
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.Pequeninos
Filhos,
Como lírios
Bem vestidos,
Agasalhados,
Bem cuidados.
Como pássaros
Alimentados,
Protegidos
Em ninhos
Dormem
Os filhotinhos
E são velados.
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Braços
São palácios
Com altas torres
E sentinelas
E os filhos
Dentro delas
Crescem
Cercados
De amor.
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Fonte:
Margarete Solange.
Inventor de poesia infantil: 
fantoches e poesias.
Queima-Bucha,
2010.
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FAMÍLIA É TUDO DE BOM! - Crônica

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Escrito por Margarete Solange em Abril de 2010

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Sou de uma família grande. Meu pai nasceu em Araruna, na Paraíba e minha mãe em Jardim de Angicos. Eu nasci em Natal, e morei lá desde o meu nascimento num mesmo bairro: o alecrim. Só mudei depois que casei, aos 19 anos. Meu pai foi um dos primeiros moradores a construir sua casinha naquele local. Foi ele quem escolheu e registrou o nome de nossa rua, “Mirabeau Pereira”. Isso nos fazia importante na redondeza. Minha mãe e meu pai sempre foram motivo de orgulho porque são talentosos, minha mãe bordava com perfeição, usando uns bastidores de madeira e linhas coloridas, fazia bordados lindos! E meu pai, parecia um gênio, sabia criar, fazia de tudo um muito. Oficialmente tenho oito irmãos. A irmã mais velha é cabeleleira e os dois mais novos são policiais. Os irmãos mais velhos implicavam com os mais novos. Brigávamos. Coisas de irmãos. Minha irmã mais nova hoje mora em são Paulo, divulga meu trabalho por lá. Atualmente moro em Mossoró, terra de gente determinada, gosto bastante das pessoas e da cidade. Tornei-me uma filha adotiva desse lugar, muita gente confunde dizendo que sou daqui. Tenho três filhos maravilhosos, inteligentes e talentosos. Minha filha, a bonequinha que tanto eu enfeitava com meias, laços e fitas, cresceu e casou, chorei... Depois para me consolar transformei o quarto dela numa sala de estudo. Pois é, a família vai fugindo de fininho para morar cada um no seu novo cantinho, mas a vida inteira permanece unida por um laço forte de sangue e vida. A família é como um grande lençol que nos abriga da noite e do frio, em dias quentes não nos cobrimos, mas o lençol está ali por perto, servindo de travesseiro Ter uma família é tudo de bom e de belo. Ter uma família é uma poesia divertida, doída, doida e boa de mais.
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*       *       *

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sexta-feira, 21 de maio de 2010

NOVO DESAFIO

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Oi, pessoal, o novo desafio não é calculo, mas exige raciocínio. A brincadeira é a seguinte: vocês vão completar as lacunas deixadas na epígrafe a seguir. Não é necessário ficar tal e qual as palavras escritas pela autora, o mais importante é fazer sentido. Quem tá dentro levanta mão? Legal!! Eu sabia que vocês iam topar.
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Aí vai o texto:
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A leitura é para mim
uma companheira __________________  (1).
Quando leio, __________________ (2) com os livros,
concordo ou discordo dos autores,
às vezes __________________ (3) ou dou boas
__________________. (4)



Margarete Solange. Mais Belo que o Pôr-do-Sol e
outros contos. Santos Editora, 2000. 

Atenção, pessoal, vou logo avisando que É PERMITIDO COLAR. Só que eu acho que fica mais interessante se cada um tentar buscar no íntimo suas próprias ideias, mesmo que sejam meio doidas, engraçadas, atrapalhadas etc. Quem sabe se com isso não motiva os mais tímidos a postar pelo menos um singelo KKKKKKKKKKK.
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Vamos nos divertir, é legal levar a vida na BRINCADEIRA.
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Quem começa?
 .

quinta-feira, 20 de maio de 2010

A RAPOSINHA

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Conto de Margarete Solange



Vou contar a história de uma raposinha que tentava alcançar as uvas... Mas olha aqui, não vá pensar que se trata da mesma raposa daquela antiga fábula, A Raposa e as Uvas, conhecida no mundo inteiro. Nada disso. Aqui a raposa é outra, e as uvas também, embora deva reconhecer que o início dessa história é bem parecido com aquela já conhecida. Mera coincidência, no desfecho as duas são diferentes. Leia e confira:
Uma raposinha sonhadora ia passando perto de uma vinha, quando, de repente, foi atraída por belos cachos de uvas bem madurinhas, prontinhas para serem colhidas e devoradas. Deslumbrada, parou e ficou pensando no que poderia fazer para realizar o seu desejo. Dinheiro para comprá-las, não tinha; roubá-las, nem pensar. Agir com desonestidade não cai bem para quem deseja ser respeitado.
Instantes depois, a raposinha percebeu que um leão velho, que tomava conta da vinha, aproximava-se do local onde ela estava. Gentilmente o cumprimentou e quis saber o que poderia fazer para saborear as belas uvas. O leão disse-lhe que, se ela pulasse e colhesse as uvas com a boca, poderia ter quantas uvas desejasse. Ora, o astuto leão bem sabia que a raposinha era pequena demais para alcançar uvas tão altas.
A raposinha, muito animada, começou a saltar. Pulou uma, duas, três... vinte... trinta... enfim, muitas e muitas vezes, sem sucesso. Parou para descansar. Enquanto isso, o leão pastorador, deitado à sombra de uma frondosa árvore, observava, divertindo-se. Após inúmeras tentativas a Raposinha, consciente de que precisava aprimorar seus saltos, desistiu. Desistiu temporariamente. Disse ao Leão que treinaria bastante, e quando se sentisse capaz de dar saltos mais altos, retornaria para tentar novamente alcançar as uvas prometidas.
A notícia de seu fracasso espalhou-se por toda a floresta. Por onde passava, os animais de bom coração lhe dirigiam alguma palavra de conforto, os insensíveis escarneciam.
– E aí, dona Raposa, não quis as uvas porque elas estavam verdes, foi?
– Que nada, meus amigos, estavam maduras e saborosas, eu é que não fui capaz de alcançá-las... Mas, não desisti, outras uvas virão e um dia vou consegui-las. Podem apostar suas vidas.
Assim, o tempo foi passando, e a raposinha ia, vez por outra, testar a sua capacidade. Pulava e pulava enquanto o leão pastorador a observava pelos arredores da vinha.
– Desista – diziam algumas raposas amigas sempre que a encontravam pelo caminho, já cansada de tanto saltar. – Você não precisa dessas uvas para se fartar. Existem tantas outras coisas ao seu alcance para comer. Para alcançá-las você vai ter que crescer e conseguir saltar bem alto... E, como bem sabe, as raposas não são altas nem saltadoras.
Contudo, nada fazia a raposinha desistir. Pelo contrário, ansiava por provar que um dia seria capaz. Acreditava que o seu alvo deixaria de ser tão alto se ela se esforçasse e investisse em suas potencialidades. Por fim, se não conseguisse ser vitoriosa, pelo menos não tinha sido fraca, recusando-se a enfrentar o desafio.
Depois de muitas tentativas, o dono da vinha, impressionado com a sua perseverança, resolveu recompensá-la. Disse-lhe que subisse nas costas do leão velho e escolhesse para si todos os cachos de uvas que fossem do seu agrado. A raposinha recusou a gentileza, explicando-lhe que não era dessa forma que gostaria de vencer na vida. Além disso, bem sabia que o leão era sarcástico e acabaria por lançar-lhe em rosto o favor concedido. Tampouco queria carregar sobre os ombros o peso de sentir-se incapaz de vencer por si mesma.
O dono da vinha, então, ofereceu-lhe um outro presente. Desta vez, uma bolsa de estudo na Universidade das Rãs Saltadoras, com direito a aulas de alongamento de pescoço ministradas pelas girafas mestras. De bom grado aceitou, e lá se foi a raposinha sonhadora cheia de esperança.
Enquanto isso, o leão velho, sentindo-se o todo-poderoso, muito à vontade, como se fosse o próprio dono da vinha, mandava e desmandava, decidindo por conta própria quem podia e quem não podia provar o sabor das altas uvas.
Essa coisa de raposa tentando alcançar as uvas foi se espalhando até que virou atração para a bicharada. Todos os anos havia um concurso para escolher a raposa melhor saltadora. Muitos bichos vinham de longe para se divertir e fazer suas apostas. O fato é que o leão velho trapaceava, e só ganhava o concurso quem ele queria.
Algum anos depois, a raposinha, heroína de nosso conto, retornou formada em salto em altura. Sentindo-se preparada para enfrentar o concurso, inscreveu-se confiante e muitos apostaram nela. Surpresa: foi desclassificada.
Conversa vai, conversa vem... A bicharada cochichava entre si que o juiz favorecia as raposas que eram suas protegidas. A raposinha, sentindo-se injustiçada, passou a observar e colecionar os atos e os fatos e concluiu que as suspeitas tinham fundamento. Assim sendo, enquanto o leão velho fosse juiz e organizador do concurso, ela jamais seria a vencedora. Resolveu, então, fazer uso do privilégio que tinha com o dono da vinha. Pediu-lhe que lhe desse uma chance de provar que o leão era desonesto. Provou, e este foi destituído do cargo de juiz, perdendo também o emprego de pastorador da vinha.
Com um novo leão presidindo a comissão julgadora não houve mais fraudes. Reconheceram a competência da raposinha, que passara anos a fio treinando para conseguir vencer, sem favores de padrinhos. Finalmente ela provou das uvas conseguidas com seu próprio esforço. A partir de então, muitos vinham até ela para pedir lições de como saltar e alongar o pescoço para colher muitas uvas usando a boca. Pois é, e ela fazia isso com muita dedicação.

Sempre otimista, iniciava as suas palestras dizendo que o candidato deve saber medir a sua capacidade, reconhecer suas limitações e procurar superá-las. Outro passo importante seria investir na capacitação e perseverar firme, avançando em direção ao alvo, sem esquecer de preferir a honestidade para conseguir o que almeja. Afinal, “não há nada que se faça em oculto que em dias futuros não seja revelado”.

*          *         *
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Fonte: Margarete Solange. 
Ninguém é Feliz sem Problemas.  
Fundação Vingt-un Rosado, 2009.
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quarta-feira, 19 de maio de 2010

QUEM VOTA NA MINHA IDEIA?

Atenção meninas comentaristas deste nosso bloginho. Vocês já leram a poesia "Amigo Escondido"? Creio que a resposta é sim, pois ela está duas páginas depois desta. Pois é, nessa poesia tem uma parte que diz:
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                              Faz da festa uma festança.
                              É um cara engraçado,
                              Esquisito e inteligente:
                              Cada vez que pinta a cara
                              Diverte muita gente.
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Vejam bem... se no lugar de "um cara" fosse "uma cara" ou "unas caras", acredito que as ilustrações ideais seriam as seguintes:
 .
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Brincadeirinha... bonecas Melissa, Fran e Magali.
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Só para descontrair, afinal este blog é sempre tão sério. RSRSRSS. Mas para não ficar só nas minhas palavras, pergunto:
quem vota na minha ideia?
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Homenagem ao Trabalhador - Poesia

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Ah, gente desculpa a nossa falha. Deveríamos ter postado o poema “Trabalhador” no dia 1º de maio. Esse esquecimento não foi legal. Como ainda estamos em maio e o trabalhador merece ser homenageado todos os dias... – concordam? – Obrigada pelo caloroso SIM... aí vai o poema que dedico a todos vocês.
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Trabalhador
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poesia de Margarete Solange.........

Exaustivamente trabalha
Tentando melhorar de vida.
Rosto suado, arando a terra,
Tangendo o rebanho de outros,
Dia após dia,
De sol a sol ganhando o seu bocado.

Na fábrica, no escritório,
Qualquer que seja o ofício,
É sempre um fardo pesado,
Muito trabalho, baixo salário,
Vida árdua...

1º de maio, memória do seu labor,
Neste dia descansa?
Todos os dias lhe cansam,
Pobre gente! Gente pobre,
Alguns por mais que trabalhem
Não conseguem fazer a vida melhor.
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*      *     *

*      *      *
Fontes:
Margarete Solange. Um Chão Maior. Santos Editora, 2001.
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 Margarete Solange. Inventor de Poesia: Versos Líricos. Queima Bucha, 2010.
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terça-feira, 18 de maio de 2010

AGORA, PERGUNTO...

Se você é adulto e gosta de coisas destinadas à criança, tenho uma boa notícia pra você: Todo mundo é assim. Uns mais, outros menos. Uns disfarçam, outros negam. E por aí vai. A boa notícia é que você é completamente normal, quer dizer, acho... Tenho quase certeza. Bom, se isso lhe serve de consolo, eu lhe garanto que se você não é bem normal porque adora coisas de criança, eu também não sou. hahahaha!
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Agora, pergunto...


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Estas ilustrações fazem parte do livro 
Inventor de Poesia Infantil.
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Antes de ser publicado, esse livro da autora Margarete Solange foi lido e comentado por seis crianças de 10 a 12 anos. Uma delas sugeriu que a autora falasse sobre coisas alegres e divertidas então, a autora, em resposta, escreveu a poesia “Amigo Escondido” postada na página seguinte. Vá lá dar uma olhadinha. Deixa algum comentário, um alô, nem que seja um kkkkkkkkk ou hehehehe. A autora adora saber que você passou por aqui.
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Beijão, 
meus amores e amoras mais que D+
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Texto de Marina Bravia
Ilustrações de Jorge Davi

AMIGO ESCONDIDO - Poesia Infantil

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Olá, pessoal. Atendendo a inúmeros pedidos, aqui vai a poesia “Amigo Escondido”. Digo inúmeros porque na verdade essa pessoa que pediu vale por muitas, mas confesso que apenas uma pessoa pediu. Vocês entendem, não é? Exagerar faz parte da arte, creio! Se não fazia, acaba de fazer. Dar uma exageradinha incrementa a coisa, concordam? Ah, bom. Obrigada pelo apoio.
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Amigo Escondido
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de Margarete Solange ..............

Ele traz alegria,
Faz da festa uma festança.
É um cara engraçado,
Esquisito e inteligente:
Cada vez que pinta a cara
Diverte muita gente.
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Ele é como uma criança:
Dentro da sua fantasia
A tristeza não lhe alcança.
Ele pula, brinca, dança,
Faz um montão de trapalhadas
Para alegrar a garotada.
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Ele é um espetáculo!
No campo lembra a palha,
Na indústria lembra o aço,
Juntando as duas pistas
Encontramos o...
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Fonte:
Margarete Solange.
Inventor de poesia infantil: 
fantoches e poesias.
Queima-Bucha,
2010.
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domingo, 16 de maio de 2010

Contando Carneirinhos


de Margarete Solange 

Eram vinte carneirinhos
Todos juntos no curral
Dois fugiram para o bosque,
Quatro morreram de frio.

Em tempo de primavera
Meia dezena nasceu
Dos fujões, só um voltou...
E o pastor comprou mais três.

Seu Davi com seu cajado
Guiou todos pro curral
Contou os seus carneirinhos,
Quanto deu o seu total?




Se é bom em matemática, responda. Se não é, ARRISQUE.


Fonte:
Margarete Solange.
Inventor de Poesia Infantil: 
Fantoches e Poesia.
Queima Bucha,
2010. p 23
Ilustrações de Jorge Davi 

* Veja nos arquivos de março: Conhecendo o Ilustrador.
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