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quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O Prazer de Ler


A leitura é para mim 
uma companheira inseparável. 
Quando leio, converso com os livros, 
concordo ou discordo dos autores, 
às vezes choro ou dou boas gargalhadas.

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Margarete Solange.  
in Mais Belo que o por do Sol.  
2000



O Prazer  de Ler 

Margarete Solange......................................................
Ler pra dormir.
Ler deitado
Num feriado.
Esquecer de comer
E se esconder pra ler,
Só por querer.
Mergulhar num livro
Receitado por um amigo.
Reler um livro
Lido no passado,
Que estava plastificado,
Bem guardado
Para a traça não comer.
Ler só por querer
...........................................É um prazer.
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Fonte: Margarete Solange. 
Inventor de poesia infantil: 
fantoches e poesias
Queima-Bucha, 2010
Ilustração de Jorge Davi*


Rio de Janeiro:
Foto cedida por Carlos Rodrigo
Buenos Aires (La Biela):
Foto cedida por la mestra  Flor.
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* Leia nos arquivos deste blog
Conhecendo o Ilustrador

sábado, 20 de novembro de 2010

Análise literária da poesia “Quintais”

da autora Margarete Solange 
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A poesia "Quintais" descreve um momento de solidão e beleza. O eu poético exprime o falar de uma mulher que em sua solidão se sente protegida por altos muros e realizada na companhia de seus dois cachorros. Esse enclausuramento pode ser simplesmente uma escolha, mas também pode ser resultado de decepções e magoas, por achar que as pessoas não são verdadeiras ou porque essas pessoas não apreciam sua companhia como os seus amigos cachorros. Por um breve momento ela se sente senhora de um reino “sem hora” e sem pessoas, no qual ela pode ser alguém que não é ninguém, ou seja, não existem cobranças a seu respeito. Nesse cenário, ela não tem e nem precisa ter uma identidade. O que ela é no mundo real, se existem pessoas em sua volta, parentes e amigos, se tem posses ou títulos, nada disso importa enquanto está mergulhada em seu contentamento, envolvida pelo fascínio da noite. Nesse seu momento de silêncio, desfrutando dessa paz interior, da canção do vento no farfalhas das folhas e da beleza da lua prateada subindo no céu, apesar da melancolia, ela se sente feliz, porque tudo se mostra perfeito. Por isso, ela deseja que o relógio do tempo quebre e pare a fim de eternizar esse instante. Fora desse cenário ela se sente oprimida por seus compromissos diários. Escondida em seus quintais, se sente absoluta porque lá não há lugar para a vaidade, ambição ou pecado. Assim, não é somente a lua que se mostra pura, mas a própria mulher que está envolvida na pureza desse momento. E as suas companhias (os dois cães) têm por ela um amor sincero. Ela acredita nisso quando diz que para eles basta que ela esteja ali. Isso faz com que a mulher se sinta querida, protegida e realizada. Ela se sente feliz porque para essas duas criaturinhas sua presença é importante. Se ela quiser falar ou ficar calada, não tem problemas, não existem queixas nem as cobranças como há entre as pessoas. A presença dela é suficiente para alegrá-los nesse reino “sem hora”. Provavelmente, seja disso que essa mulher está se refugiando: da frieza das pessoas que não são verdadeiras como esses animais, e nesse recorte de instantes, de perfeita harmonia, ela encontra contentamento.
Texto de Haroldo Sabino
Fotografia de Rafaella Medeiros
Leia a poesia “Quintais”da autora Margarete Solange
 no livro Inventor de Poesia: Versos Líricos
Mossoró, RN: Queima-Bucha, 2010.
Ou nos arquivos deste blog postado na página anterior 
em 18 de novembro de 2010.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Quintais

Margarete Solange 
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Se o tempo quebrasse e parasse agora,
Enquanto não me oprime
O compromisso chato que me rouba o dia,
Escondida em meus quintais, sem hora,
Seria alguém que não é ninguém.
Pés descalços...
Abrigada por tão altos muros,
Vejo a lua clara subir no céu
E o farfalhar do vento canta
Aos meus ouvidos música tão boa.
Quieta, penso que não penso em nada,
Só meus olhos dão sinal de vida.
Por um momento tudo é poesia...
Eu tão sem vaidade, tão sem ambição,
Sem amor, nem ódio,
Sem pecado algum...
.
Se esse tempo que parece meigo
 .
Ficasse assim por noites sem dias
E a lua pura encantasse o céu...
Que mulher seria mais feliz que eu?
Protegida do mundo lá fora,
Sentada no chão...
Rodeada por dois cães que brincam,
Me abraçam, vão e voltam...
Para eles basta que eu esteja aqui.
Se quiser falo qualquer coisa à-toa:
Um grito, um gesto, uma gargalhada...
Tudo é tão perfeito,
Só por um momento...
Eu tão sem vaidade, tão sem ambição,
Sem amor, nem ódio,
Sem pecado algum.
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Fonte: Margarete Solange. Inventor de Poesia: 
Versos Líricos. Queima-Bucha, 2010.

Fotografia de
Rafaella Medeiros
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sábado, 13 de novembro de 2010

David Rocha traz até nós um pouquinho da Angola.

Um certo dia fazendo um passeio virtual nos deparamos com David Rocha, rapaz simpático de 24 anos, muito bem equipado  trabalhando em Angola na área técnica de topografia com especialização em georeferenciamento, geoprocessamento e aerofotogrametria, compreenderam direitinho, não? Então vamos pular essa parte... Continuando, David em visita ao Brasil, aceitou o convite da escritora Margarete Solange e gentilmente nos concedeu essa entrevista.  Disse-nos que recebeu o convite de um amigo para trabalhar numa empresa de construção civil em Angola, e isso foi em 2007, quando nosso amigo tinha tão somente 21 anos.  Nada mal! Sinceramente, é uma atitude louvável, é preciso ter coragem para enfrentar o desconhecido num pais onde pessoas e culturas são bem diferentes da nossa. Que o diga o protagonista dessa história que passou um longo tempo comendo sardinha e pão. Mas como nem só de sardinha e pão vive-se em Angola, nem cedo nem tarde, David decidiu encarar o Funge de Bombô, uma comida típica do país, feita da mandioca. Satisfeito da vida, sentindo-se realizado profissionalmente, nos diz que depois de dois anos trabalhando na área de Construção Civil, passou a trabalhar com Pesquisas Geológicas. 
Uma paradinha para fotos.
Foto tirada na província do Cunene, Sul de Angola, Região onde vivem várias tribos de nativos. As jovens mulheres da Tribo dos Moacaonas vestem  unicamente saias e amarram cordas e cordões na cintura dando uma volta a cada ano que se passa. 
Que tal essa apresentação de Tradições? Um encanto!  
Agora, vamos com David fazer uma visitinha aos animais.
Aqui temos emoção de cultuar a Deus em terras distantes.
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Analisando pelas belas fotos de seus álbuns que gentilmente  nos foi cedida, tudo parece uma grande aventura, mas a realidade diária é bem cheia altos e baixos, pedras e espinhos, rios, cobras e outros animais bonitinhos que surgem a todo instante como cervos e balbuínos dos quais é bem prudente manter certa distância. 
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Estes são meninos caçadores: 
comem-se cobras nessa região.
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Todavia segundo ele, nenhum obstáculo natural ou bichinho selvagem que aparece aqui e ali cruzando pelo caminho se mostram tão traiçoeiros e perigosos quanto as minas terrestres, restos das constantes guerras pelas quais passou o país. Angola chegou a ser considerado o país mais minado do mundo. Estando em Luanda desfruta de certo conforto, pois vivem em condomínio, onde a vida não é tão difícil e à noite dá para reclinar a cabeça em travesseiros sem sustos. No entanto, para desempenhar seu ofício, já viveu em vários lugares do país, morando no estaleiro (acampamento onde funciona a base da empresa) onde se recolhem as máquinas. Nesse alojamento, o lar tem o céu como teto e para o aconchego dormem em barracas.  As oito horas da manhã, após o DSS (dialogo de saúde e segurança) inicia-se a jornada de trabalho com duração de oito horas.


Com saudade e ternura, David nos diz que pressente que sua estada em Angola está chegando ao fim, e que durante esses três anos percorrendo os quatro cantos dessa pátria sofrida, tem conhecido pessoas de vários lugares: libaneses, portugueses, espanhóis, árabes dentre outros. E nessa interação entre raças e  nações, a comunicação se dá em português angolano ou num inglês sem pátria no qual vale tudo para se fazer entender. No fim de tudo, quando findar sua lida, restará saudade de lugares e gente que talvez não veja nunca mais, mas ficarão as lembranças de todas as coisas belas, boas e dolorosas que contribuíram para fazê-lo mais forte, mais humano, enfim, mas profissional.
Na foto acima, David que também tem curso de socorrista, atende a um colega de trabalho
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Mas, espere ainda um momento, nossa reportagem ainda não acabou. Falta contar para vocês uma das histórias curiosas que David nos contou. Nessa ele entra como o grande construtor, o criador da singela ponte sobre o rio Macondo. Pois é, para trabalhar do outro lado desse rio, nosso amigo e seus companheiros tinham que atravessar enfrentando as águas e assim tinham que permanecer molhados durante todo o dia, até que de repetente uma idéia criativa lhe sobreveio. Assim sendo, procurou pelos arredores o material necessário para seu grande invento...
Senhoras e senhores vos apresento a magnífica obra de nosso artista...
"Antes todos passavam o dia molhado, por ter que atravessar a nado este rio, mas quando cheguei logo pensei: vou engenhar uma maneira de me safar, olha aí o resultadoooooo... Resfriado? Nunca mais...kkkkk" (palavras do grande inventor)
Pois é, uma ponte singela, sem formosura nem sofisticações, porém muitíssimo necessária e bem bolada. É isso aí, David, pra você, jovem inteligente e corajoso, tiramos os nossos chapéis.
Serra da Leba vista diurna.
Serra da Leba vista noturna
Opa, que moleza é essa, rapaz? Ah não é moleza, não! Esquecemos de dizer que em sua grande aventura, David também foi acometido de malária, mas isso já passou. Agora é aproveitar bem a vida na companhia dos novos amigos... E viva a diferença!
Grande abraço de todos nós que fazemos este estimado bloguinho.
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Fotografias gentilmente cedidas
Por David Rocha

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Manto Grisalho

Crônica de Margarete Solange 
Envelhecer não me soa agradável: a velhice é prenúncio da morte. É uma estrada certa, um caminho que não tem volta. Alguns conseguem frustrá-la por bastante tempo, e então se desviam dela pelo caminho, e assim escondendo-se e esquivando-se prosseguem, contudo a velhice é a sorte de todos, exceto daqueles que morrem prematuramente. Para aqueles que conseguem evitá-la ao longo da vida, um dia ela chega e entrando por qualquer fresta descuidada, gloriosamente se derrama malvada sobre suas cabeças como se tivesse irrompido do nada repentinamente, mas na realidade ela esteve sempre por perto, dia a dia se chegando, estreitando o caminho. A vida é um existir inocente que nos leva sempre adiante como se estivemos numa estrada rolante que nos leva ao futuro mesmo que não façamos qualquer esforço para seguir em frente. A vida nos leva com ela subindo em direção ao alto, todavia não existe anúncio de nossa chegada ao topo porque não há um percurso oficial, tampouco uma linha de chegada. Não existem regras ou normas para sabermos onde ou quando se dá o apogeu, e, por vezes, não percebemos que ele passou e não nos demos conta disso. Descobrimos-nos então descendo a ladeira da vida, e essa descida sempre se mostra mais apressada. Ela, a indesejada velhice, do outro lado nos espreita amável. Enquanto não nos abraça completamente, se anuncia aqui, ali e além, cobrindo com seu manto grisalho os de perto e os de longe nos atingindo indiretamente para dizer num eco adocicado: “Estou aqui” “Estou aqui”. A velhice é grande aliada da morte, caminham juntas, emparelhadas desempenhando funções parecidas, sendo a primeira menos sincera porque disfarça suas intenções. Para provar que reina, toma como reféns nossos avós e, após entregá-los para sua aliada, se apodera de nossos pais... – Vê quem amamos tão intensamente envelhecer, desassossega nossos corações compassíveis! Esse envelhecer nos leva junto, como se em sonho estivéssemos mirando o espelho do futuro: ele sussurra que a juventude é breve... Ainda assim, muitos preferem não traduzir para si mesmos o balbucio dessa voz.  

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Aninha versus Leon: a novelinha continua.

Se você vem sempre ai neste nosso bloguinho, você já conhece o repórter Leon Fernandes, o maior fantoche de todos os tempos e a modelo e atriz Aninha Dicaprio, a minhoca mais exibida da face da terra. Se já conhecem os dois, então já sabe que eles vivem entre tapa e beijos, e não dá pra dizer se tem mais tapas ou mais beijos. Bom, o que acontece é que dessa vez Leon Fernandes pediu um espaçozinho neste nosso literário bloguinho para nos contar uma história que com certeza tem tudo a ver com a sua amada Aninha. Vamos ver?!
Oi, pessoal, você já me conhecem. Estou aqui para pedir seu apoio, não que eu seja candidato a alguma coisa, quero que me conceda uma opinião bem sincera. Todos vocês já sabem já devem ter lido sobre mim nos arquivos deste blog, no qual trabalho como repórter, sou um rapaz sincero, genial e apaixonado pela minhokita Anita de Caprio essa mesmo que depois da fama se assina como o pseudônimo de Aninha de Caprio dizendo-se ser da descendência do meu grande amigo Leonardo Dicaprio. Nos arquivos de setembro na página “Homem Sensível”, abri meu coração e me humilhei pedindo para ela voltar pra mim. Ela embromou, embromou, por fim caiu na real sabendo que eu não sou de se jogar fora. Aliás, eu sou assim meio que irresistível, não acham? Pois é, ouço isso todos os dias. Estávamos vivendo nossas vidinhas em paz sem maiores novidades quando por ocasião das eleições, minha mãe Marina Bravia personagem de ficção como eu, aprontou uma postagem com o título de “Liberdade e Seriedade”, porém como uma das candidatas se chamava Marina, minha mãe achou por bem que no final da matéria figurasse minha foto ao lado de Aninha já que nenhuma das candidatas a presidência da republica tinha a ver com esse nome, sabe como é, ela não queria que as pessoas achassem que a presença de uma Marina fazia parte de alguma indireta pedindo voto para a ilustre candidata. Pois vejam vocês que na hora de postar a nossa foto escolhi esta:
Achei que estávamos tão bonitinhos. Todavia quando Aninha viu a foto na qual estava desescovada e desmaquiada, sem unhas feitas, sem salto alto e usando pantufas, fez um rebuceteio, dizendo que ou eu retirava a foto ou estava tudo acabado entre nós. (Quem quiser saber o que é rebuceteio assista o filme "Narradores de Javé": pra lá de bom!) Eu gentilmente disse que não iria retirar porque ela era linda de qualquer jeito. Ela então teve um ataque de pelancas (Quem quiser saber o que é isso assista o filme “As Branquelas” muito divertido) Para ela não explodir, tratei de substitui as fotos, mas estou muito chocado com essa atitude. Então ensaiei umas palavrinhas pra dizer pra ela. Com medo de me arrepender na hora que visse aquele rostinho de minhokita que eu tanto amo, mandei o discurso pelo telefone...
–  Olha aqui Anhinha, estou de saco cheio de você me descartar a hora que bem quer. Agora quem não está mais afim de você, sou eu. Querida, caia na real, existem mil garotas ao meu redor: lindas, inteligentes e maravilhosas. E sabe de uma coisa?! Não estou nem um pouco afim te ver transitando pelos corredores desse blog. Portanto, passe longe de mim ou então se demita!
E antes que ela desse qualquer resposta, desliguei na cara. Que me dizem minhas e fã e meus fanhos, que acharam de minha atitude? Será que foi grosseria de minha parte? Por agora estou bem decidindo a não querê-la mais, mas sabe como é,  me incomoda o fato der ser grosseiros com as mulheres. Agora me diga com sinceridade, qual é a sua opinião?
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Para saber mais sobre Leon Fernandes e a superstar Aninha Dicaprio, veja nos arquivos deste blog:
Em 13/setembro/2010 ANINHA: A RESPOSTA

Em 15/setembro/2010 Homem Sensível
Em julho/2010: "Vamos Contar Histórias?"
Em agosto/2010: "Uma Nova História para Aninha"e também "Notícia de Última Hora", "Reviravolta no caso da superstar Aninha Dicaprio" e "Desfecho do Caso Aninha