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domingo, 14 de dezembro de 2014

O Velho e a Menina


Olá, meus amores e minhas amoras. Eu, Marina Bravia, fui
Marina
especialmente convidada para apresentar para vocês a obra da escritora Margarete Solange, O Velho e a Menina. Como essa história é uma de minhas favoritas, irei apresentá-la com enorme prazer. Começando por uma breve resenha, aí vai:


Resenha do livro O Velho e a Menina

O romance “O Velho e a menina” é uma história apaixonante. O ambicioso Ilmar deseja chegar ao topo da hierarquia militar, deseja ser rico, poderoso. É próspero em tudo que faz. Aos 12 anos foge de casa, morava em Araruna, município do agreste paraibano, cidade serrana. Queria saber mais sobre a guerra por isso foi se aventurar em Natal. Para crescer na vida, estava disposto a tudo, pisava os fracos, se aliava aos poderosos. Traiu o amigo, tomou-lhe a namorada. Iria casar e ter muitos filhos. Em breve seria sargento, mas o destino deu-lhe uma rasteira e o fez literalmente cair ao chão. Seus sonhos foram castrados e desde então viveu solitário, enclausurado em seu pequeno mundo, onde somente autores e livros tinha permissão para entrar. Hemingway era seu amigo mais chegado, com ele costumava conversar em sua meditações contemplando o vai e vem das ondas do mar no entardecer. Com frequência, relembrava o trecho da história O velho e mar na qual o velho Santiago conseguia fisgar o seu grande peixe. O velho Santiago era admirável, enquanto ele, o velho Ilmar, não era mais. E ele nem era tão velho assim, a velhice chegou para ele prematuramente. Qualquer dia a morte bateria a sua porta e o levaria com ela; não iria resistir, iria segui-la submisso. Lamentava o fato de que nada deixaria que registrasse a sua passagem sobre a terra. Era um fraco, um homem medíocre, assim pensava até que conheceu uma menina alegre, cheia de vida que o fez novamente acreditar que valia a pena sonhar e lutar para alcançar a realização de todos os seus sonhos, mesmo aqueles que lhe pareciam impossíveis.

Sinopse da contra capa do livro

O amor pela menina fez o velho aprender a sonhar novamente. E o sonhar impulsiona o homem a sentir-se capaz. A vida precisa dos sonhos para ser melhor vivida. Não importa se esses sonhos são possíveis ou impossíveis: é preciso ousar! O desesperançado é somente um fantasma sem voz, sem alma, sem rumo. É natural do ser humano querer ser admirado por seus feitos, e ser considerado grande mesmo na sua pequenez. E para ser grande é preciso perseguir os ideais até alcançá-los, ou morrer lutando sem desistir jamais da batalha.


Garras

Esse medo que temos
De tentar e fracassar
Muitas vezes nos derrota.
Somos capazes,
Mas ele diz que não somos,
E preferimos acreditar nele,
Duvidando de nós mesmos.
O homem pode ter asas
Em sua imaginação,
E garras como as águias,
Senhoras das alturas.
Se acreditar que é capaz...


  Margarete Solange


Trecho do Prefácio
de José Roberto Alves Barbosa
.

Santiago e Ilmar, dois velhos. Ambos aprenderam a enfrentar as agruras da vida com resignação. Ilmar também teve os seus sonhos literalmente castrados. O amor desiludido, a dialética relação entre a esperança e o desencantamento permeava sua mente. Ouvi de Santiago, pelas palavras de um homem, mas foi uma mulher que me contou de Ilmar. Margarete destacou dilemas e frustrações do velho angustiado. Todo velho, às margens de uma praia, adora contar estórias! Mas com Ilmar era diferente. Contar estórias era como lançar sementes na terra. Participar do processo criador. Construir, ao mesmo tempo, sonhos e ilusões. Celebrar a vida.
Trecho do   Posfácio
Li O velho e o mar, numa versão traduzida para o português, e isso limitava o meu campo de visão. Chamou-me a atenção o fato de que alguns colegas tinham opiniões contrastantes na análise dessa obra.
[...]
A velhice é inquietante porque limita os passos do homem e anuncia-lhe a morte, e ele não tem como deixar de ir ao seu encontro, a menos que a morte o encontre primeiro.
Essas e outras reflexões se avolumaram em meus pensamentos e, assim, a semente estava plantada. Dia a dia foram surgindo mais elementos para o nascimento de um outro velho. A fonética contribuiu para escolha do nome. Um amigo admirável de bom coração se chamava Ilmar; então esse nome me chegou trazido pelo vento. E embora o Ilmar que eu conheço não seja em nada parecido com o personagem que criei, peguei-lhe o nome emprestado.
Trabalhei algum tempo criando o enredo, montando começo, meio e fim. Visitei a praia onde o meu velho “morou” e ouvi aquilo que os moradores tinham para me contar a respeito do lugar.
[...]

Ao longo dos anos, a voz dos que leem as minhas obras tem sido peça chave em minha carreira. E, como para mim o leitor importa, e muito, é para ele, e por causa dele que escrevo e aprecio por demais saber que a leitura de meus textos suscita, em alguns, ora gargalhadas, ora lágrimas. E isso não tem preço.

a autora
Considerações finais
.
Para saber mais sobre essa obra apaixonante, é só comprar o livro para ler, e compre dois exemplares, viu? Pois se você emprestá-lo, a pessoa que te pediu pra ler não vai te devolver, isso é fato, isso frequentemente acontece com as obras dessa autora. Ela própria me contou que já recebeu várias reclamações sobre isso; portanto: previna-se.

Espero que minha matéria tenha contribuído para deixar você com muita vontade de ler essa obra.

Big beijo da Marina. UAU!


Fonte: O velho e a Menina
Margarete Solange.
Oito Editora, Natal,
2014,142 p.
Texto de Marina Bravia
Imagem da capa e
foto da autora:  Felipe Galdino

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Projeto "Lendo Conhecemos o Mundo"

No encerramento do projeto de leitura “Lendo Conhecemos o Mundo” (01.12.2014), realizado no Colégio Evangélico Leôncio José de Santana, os alunos do Ensino Fundamental apresentaram poesias de Cecília Meireles, Margarete Solange, Eva Funari, Sérgio Caparelli e outros.  A escritora Margarete Solange fez a abertura do encerramento recitando algumas poesias do seu livro “Inventor de Poesia Infantil”.