Para quem ainda não conhece muito sobre Drummond vamos dar uma lidinha nos seus dados biográficos em fonte fidedigna, ou seja, fornecida por ele mesmo no poema a seguir. Depois disso você vai facilmente descobrir quem é o gigante de Itabira da nossa brincadeirinha.
Dados Biográficos
poema de Drummond
Mas que dizer do poeta
Numa prova escolar?
Que ele é meio pateta
E não sabe rimar?
Que veio de Itabira,
Terra longe e ferrosa ?
E que seu verso vira,
De vez em quando, prosa?
Que é magro, calvo, sério
(na aparência ) e calado,
com algo de minério
não de todo britado?
Que encontrou no caminho
Uma pedra e, estacando,
Muito riso escarninho
O foi logo cercando?
Que apesar dos pesares
Conserva o bom-humor
Caça nuvens nos ares,
Crê no bem e no amor?
Mas que dizer do poeta
Numa prova escolar
Em linguagem discreta
Que lhe saiba agradar?
Fonte: Andrade, Carlos Drummond.
Viola de Bolso II. 1955.
Viola de Bolso II. 1955.
Davi e o Gigante de Itabira
As cenas se passam no Rio de Janeiro. Cidade que é também gigante em belezas. Pois é, as pessoas que passam por lá sempre se dizem encantadas. E passando pela praia de Copacabana sempre encontram o grande Drummond sentadinho olhando quem passa pra lá e pra cá. Eu se fosse ele ficaria olhando pra o mar, mas se ele prefere observar pessoas... Coisas de escritor!!! O fato é que ele está sempre por lá, não perde uma praia. Quer dizer só não estava no dia que Maressa e Maely foram ao Rio. Eu não sei o que foi que contaram pra ele sobre elas, só sei que as meninas percorrem a praia inteira e não viram o poeta em lugar nenhum. Enviamos então o repórter Davi para fazer uma matéria sobre o caso e ele ficou tão envolvido em imitar o Drummonzão que até se esqueceu de sua missão especial.
– Ei você aí que é mais um tentando me imitar...
Saiba que imitar é fácil, difícil é ser Eu!
– Pôxa, isso quer dizer que a imitação ficou boa?! Na verdade, ficou idêntica, perfeita e coisa e tal, confesse?!
– Mas é claro que não! Para ficar parecido você ainda vai ter que crescer muito!
– O que isso seu Drummond até o senhor tá me chamando de baixinho?! Num vale xingar, não, rapá, isso é golpe baixo!
– Ih, foi mal, pensei que a luta fosse vale tudo. Está bem, Na estatura vamos declarar empate, porém nas letras eu sou o gigante de Itabira e você é o pequeno Davi, aquele que atirou a pedra bem no meio do meu caminho. Fechado?!
– Valeu!!
– Valeu!!
. . .
Você já sabia que havia uma pedra bem no meio do caminho, não é? Agora sabe como ela foi parar lá. (risos)
Fotografias: Rafaela Medeiros
gentilmente cedidas por Davi Morais
KKKKKKKK,hilário Leon!Quando eu penso q/ vc tá quieto lá vem uma melhor q/ as outras,rsrsrsrs.quero ver logo o próximo capítulo.Acho q/ Maressa ñ o encontrou porque ele já estava gravando esta mini-série,kkkkk.Adirei!!!Bjoks maravilhoso.
ResponderExcluirkkkkk Legal demais! Quer dizer que foi o Davizinho que deixou a pedra no caminho rsrsrs. Muito boa a estorinha. Parabéns, cada vez mais o blog vai ficando cheio de novidades.
ResponderExcluirHehehe. Engraçado o rapaz fazendo a mesma pose da estátua. De longe parece até que estão conversando mesmo. A história ficou legal, bem colocada. Gostei!
ResponderExcluirÊta Davizinho atrevido! Só quer ser "o Cara". Mas valeu pelo duelo. Parabéns pela mini...
ResponderExcluirOh, Davizinho, vc esqueceu de segurar um livro e colocar os óculos pra ficar uma imitação perfeita do Drummondzão, e aos invés disso vc usou umas cordas em voltas das mãos. Será que tem alguma simbologia? Se medir as cucurutas, o gigante sai ganhando, mas no quesito belas pernas a pontuação não vai pra ele não.hahahaha
ResponderExcluirto rindo até agora... muito bem arquitetada. Muito construtivo, é bom descobrir de onde veio a pedra no meio do caminho
ResponderExcluirPor favor retirem a pedra pra ninguém cair! kkkkk. Gostei da história.
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