poesia de Margarete Solange
No tempo em que a
raposa
Era amiga da galinha,
E a vaca tossia
E ainda dava uma
rodadinha,
Existiu na terra
Uma minhoca
engraçadinha,
Alegre e exibida,
Que se chamava
Aninha.
Fazia amigos por toda
parte,
Vivia de bem com a
vida.
Mesmo não tendo
beleza,
Era muito convencida.
Ao descobrir que
lagarta
Se transforma em
borboleta,
Muito esperta a minhoquinha
Arranjou uma caneta,
E sem que alguém
visse
Escreveu com
convicção
Que sua mãe era uma
lagarta
e seu pai um
lagartão.
Na hora de mudar e
Se transformar em
borboleta,
Aninha, de novo,
apoderou-se da caneta
E modificou a sua
história,
Que já estava prontinha,
Dizendo que se
transformara
Numa linda menininha.
Vaidosa e exibida
Pediu ao ilustrador
Que a fizesse
colorida,
Com roupa
extravagante,
Corpo sob medida,
Sapatos cor-de-rosa,
Elegante e divertida,
E assim Leon a fez
Do jeito que ela
sonhou.
Depois a narradora,
Que se chamava
Marina,
Percebendo a mudança,
Encantou-se com a
menina.
Deu-lhe nome e
sobrenome
E até uma profissão.
Anita Dicaprio
Tornou-se uma
estrela,
Não de televisão,
De um blog literário,
Onde muito faladeira
Dizia o que queria
Recheando com
besteira.
A super-Aninha,
Não se acha, tem
certeza.
Foi assim que ela
surgiu
E conseguiu sua
beleza.
Hoje, famosa e
admirada,
É favorita dos
adultos,
Amiga da garotada.
Sentindo-se cansada
De seu exibimento,
Estudou muitos
assuntos
E ganhou conhecimento.
Quis ser calma e
comportada.
Não encontrando a
caneta
Para modificar sua
história,
Pediu ajuda a Marina.
A narradora madrinha,
Não possuía varinha
Nem era fada
encantada,
Mas tinha grande
talento
E levava em suas mãos
Um poderoso
instrumento,
E com ele escrevia
Fosse noite, fosse
dia
A história que
quisesse.
Ao anunciar em
público
Aquela decisão,
A resposta inesperada
Provocou grande
emoção:
Seu jeito arrebatado
Espontâneo e sincero
Cativava os fãs
Por encanto e por
mistério.
Seus amores e amoras,
Do ancião à criança,
Todos se agradavam
dela,
Ninguém desejava
mudança.
E foi assim que a
Super-Aninha,
Com grande
satisfação,
Percebeu que se
exibir
Faz parte da
profissão.
Inventor de Poesia Infantil, 2ª edição
E ai gentiii, não vieram comentar minha poesia, que decepção, a-ma-re-lei
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