Respeitável público, hoje tem espetáculo? – Tem sim, Senhor! Tem Brincadeiras? – Tem sim, Senhor! Tem leitura divertida? – Tem sim, Senhor! – Tem reconto da história, com dramatizações e teatro de fantoche? – Tem sim, Senhor! – Então tem BALE!! E o BALE o que é? Quem não sabe, tem todo direito de perguntar! Anota aí, rapaziada: Biblioteca Ambulante e Literatura nas Escolas. Prazer em conhecer, senhor ou senhora BALE! E vamos seguindo! Porque eu, o palhaço Lolito Fernandez, vou levar você para conhecer como funciona o maravilhoso mundo do BALE. Quem gosta de animação vem comigo!
Olha só que turma simpática. Atenção para foto.
Todo mundo dizendo giz...
Cheio de encanto e beleza, o projeto BALE tem como objetivo incentivar a leitura nas escolas e nas comunidades carentes de Pau dos Ferros e região do alto Oeste potiguar. A equipe desse Projeto fantástico trabalha de forma dinâmica, envolvente e prazerosa, tornando a leitura uma atividade cheia de vida e diversão, o que é requisito fundamental para incentivar a busca e prazer pela leitura. O Projeto nasceu em 2007, idealizado pelas professoras Lucia Sampaio e Renata Mascarenha. A princípio as atividades eram desenvolvidas apenas em dois bairros de Pau dos Ferros, a saber, São Geraldo e Riacho do Meio. Em 2009 avança para outros bairros e municípios circunvizinhos.
O projeto conta com um vasto acervo formado por livros infantis e adultos de gêneros diversificados. A cada semana a equipe desenvolve várias atividades, as quais são: encontros semanais, rodas de leitura, contação de histórias, reconto pelo público, dramatização pela equipe, uso de fantoches e do Cine BALE, dentre outras.
Com base no pressuposto de que o texto literário é uma ferramenta que une ficção e realidade, o projeto almeja estimular a criança para o ato da leitura desde as fases inicias. No entanto, procura envolver em suas atividades pessoas de todas as idades numa viagem através da imaginação, na qual os personagens saltam da literatura para interagir com o mundo real, através de animação da história por meio de fantoches e dramatizações. Viram só? Fabuloso, não é!! De forma Lúdica e prazerosa o BALE prende a atenção do leitor ao texto, despertando naturalmente o fascínio pela leitura. A equipe atua também fora do contexto escolar, ou seja, na comunidades em geral, pois deseja plantar a semente naqueles que estão fora dos domínios da escola.
De acordo com o relatório do projeto, existe uma grande carência literária nas escolas visitadas, muitas não dispõem nem mesmo de uma biblioteca ou espaço destinado à leitura. Dessa forma, o Projeto é recebido com total e absoluto fascínio. Era de se esperar!
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Ler ou contar uma história
é sempre uma
experiência gratificante!
(Lúcia Pessoa Sampaio) |
O BALE tem como responsável e proponente a professora Maria Lúcia Pessoa Sampaio e como coordenadora Diana Maria Lopes Leite Saldanha. É uma iniciativa do GEPPE (Grupo de Estudos e Pesquisa em Planejamento do Processo Ensino-aprendizagem), da Universidade (UERN), com a participação de professores, alunos voluntários e bolsistas, dos Departamentos de Educação e de Letras que atuam como mediadores de leitura entre o texto literário e o leitor. E para o desenvolvimento de suas atividades, conta com o apoio de alguns parceiros, dentre eles, o BNB, BNDS, FAPERN; Governo Federal; Governo Estadual; Cultura Ponto de Leitura; Bolsa FUNARTE de Circulação Literária; PROEX e da UERN que disponibiliza o espaço para as reuniões de planejamento, o qual funciona também como e local para organização do acervo bibliográfico. Essa instituição fornece ainda transporte e motorista para locomoção da equipe em visitas as comunidades.
Prêmio viva Leitura
Atualmente em sua 4ª edição, buscando a cada ano expandir suas atividades, esse projeto avança, conquistando mais e mais credibilidade no meio acadêmico e social. Sendo contemplado com prêmios e recebendo reconhecimento através da mídia, e também das escolas nas quais o projeto tem se apresentado. Ganhando destaque através de Prêmios Nacionais, como o “Troféu Viva a Leitura” e a “Bolsa de Circulação Literária” (FUNARTE).
Agora, vamos dar uma fiscalizadinha para ver a turma do BALE em ação
Batendo á porta dos leitores. Uma missão pra lá de divertida!
Reconto da história na cidade de Luis Gomes.
Contação da história no Bairro São Geraldo
Contação da história no Bairro Manoel Domingos
Roda de Leitura
Roda de Leitura
Interação com o público
Contação da história
Contação de história e entrega de presentes
A família BALE sente-se ricamente gratificada pelo prazer de “levar as pessoas carentes conhecimento cultural e lazer, conduzindo pessoas ao mundo encantado por meio de suas leituras, como forma de fuga para a dura realidade que os cercam. A cada encontro deixam plantada uma semente de interesse pela leitura.” Seus membros sentem-se realizados por serem responsáveis por largos sorrisos que se estampam no rosto daqueles que se encantam com essa mistura de mundos, pessoas, príncipes e princesas, bichos e coisas que falam. Isso os motiva a prosseguir e realizar um trabalho com seriedade, humildade e grande comprometimento.
BRAVISSIMO, BALE! NOTA MIL...
Todos vocês são EXPETACULARES!!!
Texto de : Margarete Solange
Revisão: Jorge Luiz
Fotografias: cedidas por Lúcia Sampaio
Fonte consultada e citada: PROJETO BALE
4ª EDIÇÃO /2010-2011. RELATÓRIO FINAL.
Pau dos Ferros, 2011.
Sobre Lúcia Pessoa Sampaio
Sempre costumo dizer que sou alguém afetada pela identidade de quem nasceu num lugar, mas teve que aprender a admirar outro por ser este que conheceu o suficiente; filha de uma família que não pôde conviver, mas aprendeu a respeitar e adotada por outra que aprendeu a amar. E foi no seio dessa família que a vida me confiou, que planejei e alimentei o meu desejo interior de ler e me emocionar. Assim com Miguel Sanches, apesar de não ter herdado uma biblioteca herdei a vontade de montá-la e por onde estiver viver sempre rodeadas de livros. Isso se explica porque advenho de tradição rural e sempre desejei ter muitos livros como forma de conhecer, viajar e de vencer o cansaço da rotina entediante de moer e pilar o milho. Aos dez anos, enquanto moía pensava que devia existir vida melhor do que aquela, todavia, dos modos de viver eu só conhecia os que me chegavam através da leitura, que eu fazia escondido, enquanto a roupa quarava na cachoeira, dentro no mato, na companhia de um velho cachorro chamado "Tupi". das experiências de leitura aquelas realizadas em espaço não escolar, posteriormente, em ambiente familiar me dão a clareza de que foram as mais marcantes, pois foi através dos romances que conheci muitos lugares do mundo e assim com as personagens que venciam, ia vencendo também do jeito que me era possível.