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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Ofício de poeta


Poesia de Camila Paula

Sob o julgo da pena
Recai o peso de todas as noites
E os amargos dissabores
Ganham ainda mais penar
Sou poeta do desgosto 
Que eu não sei silenciar

A palavra rompe, então,
A noite, o peito, a solidão.
Expõe minhas vísceras
E desfaz o que está feito.
Não me deixa faltar o alimento
Do corpo, do espírito e do coração.

Sendo poeta, sou o mais perfeito
(Des)encontro de caminhos em contramão.
Sou armadilha de mim mesmo.
Sou as dores, as palavras e a contradição.


Link original dessa postage:


Camila Paula
Faz parte do movimento
 Literário Novos Poetas.
Comunicadora social e arte-educadora.
Militante dos movimentos sociais.
'Parabólica', 'Sentimental', 
e em 'Construção'
por 'amor às causas perdidas'.



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