Fernando Veríssimo
O carro estava encostado no meio-fio, com um pneu furado. De pé ao lado do carro, olhando desconsoladamente para o pneu, uma moça muito bonitinha.
Tão bonitinha que atrás parou outro carro e dele desceu um homem dizendo
"Pode deixar". Ele trocaria o pneu.
– Você tem macaco? - perguntou o homem.
– Não - respondeu a moça.
– Tudo bem, eu tenho - disse o homem - Você tem estepe?
– Não - disse a moça.
– Vamos usar o meu - disse o homem.
E pôs-se a trabalhar, trocando o pneu, sob o olhar da moça.
Terminou no momento em que chegava o ônibus que a moça estava esperando.
Ele ficou ali, suando, de boca aberta, vendo o ônibus se afastar.
Dali a pouco chegou o dono do carro.
– Puxa, você trocou o pneu pra mim. Muito obrigado.
– É. Eu... Eu não posso ver pneu furado. Tenho que trocar.
– Coisa estranha.
Fonte Veríssimo, Luís Fernando.
Pai não Entende Nada. L&PM, 1991.
kkkkkkkkk
ResponderExcluirlegal, o homem foi todo animadinho ajudar a mulher pensando q o carro era dela, se deu mau. hehehe Boa!
É mesmo coitado! Quem manda ser besta, trocar o pneu do carro dos outros... hehehehehehe Engraçado!
ResponderExcluirO cabra besta da pesti. Num podi vê um rabo de saia. Si deu mau. hahahah
ResponderExcluirGostei do ratim dismaiado de tantu si rí. hhihihihi
kkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluirAmo esse cara!
é incrivel como nós homens somos "bons"!
Adorei, legal, eu pensei que essa crônica fosse da escritora Margarete porque parece bem com seu estilo, mas vejo que o Veríssimo é tão bom quando ela.
ResponderExcluirConcordo que essa foi boa, mas não concordo com "Veríssimo é o cara!".
ResponderExcluirKKKKKKK,boa pra ele deixar de ser atiradinho!Aposto que nunca + ele troca pneu nem o dele,deve ter ficado irado kkkkk.boa postagem!
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirTaí, Mané se deu mal.
ResponderExcluirLegal a crônica: é uma piadinha boa, mas não achei parecida com as crônicas de Margarete,não. As crônicas e os contos dela são bem melhores.