de Margarete Solange
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Chora, sertão!
De fome e sede, chora.
Mas tuas lágrimas não regam o chão.
Teus rios já não correm,
Teus bichos morrem.
E o que restou?
Coroa-de-frade, xiquexique,
Pedras e espinhos.
O canto triste dos passarinhos,
O calor intenso do sol de verão.
Se te serve de consolo,
Chora e grita tua agonia,
Sobrevive dos repentes
Que os poetas arrancam de tua dor.
Chora, sertão...
Pra molhar esse teu chão rachado,
Ressuscitar teus verdes campos,
Fazer dançar os teus rios
E alegrar o canto dos teus passarinhos...
Chora, sertão.
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Fonte: Margarete Solange. Inventor de Poesia: Versos Líricos.
Queima-Bucha, 2010.
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bela poesia,retrata direitinho o que seja o sertão,me deu um pouco de saudade da via dura e difícil e lá.Amei.
ResponderExcluirÉ verdade (é como se tivessemos lá na caatinga) imagina quantos poemas lindos ela vai escrever depois de conhecer o SÍTIO DO MANÉ? Sim, porque segundo ela disse, vai visitar o sul de Minas.
ResponderExcluirOlá, Margarete. Depois de um tempo ausente, eis que volto a lhe visitar... Que coisa boa!
ResponderExcluirA ausência se deu ao fato de terem "roubado" minha senha e consequentemente minha conta. Devido a isso tive q criar uma nova conta, e com ela um novo perfil e novo blog q deverá estar no ar nos próximos dias. Tentei adicioná-la em meu novo perfil de Orkut, mas como pede seu e-mail e eu não consegui encontrá-lo, peço-o para poder adicioná-la novamente.
Abraço.
Rokatia Kleania
rokatia@hotmail.com
Eita nós, Lá de nós. Que saudade do sertão, dos xiquexiques, dos rios que secava e só enchia nas cheias. Nas terras do meu avô tinha tudo isso. João Sabino, que era também avô da escritora, inventava histórias, ele dizia que o sertão chorava e ela gravou na memória tudo isso que ouviu e viu por lá. Ah se ele pudesse ouvir essa poesia, já ia inventar outra história em cima. Ficou legal a poesia, parece até que estou vendo todas essas coisas que via nos tempos em que eu morava por lá. Parece até que tô ouvindo vovô com sua voz grossa dizendo: “Eu tenho uma neta que escreve sobre o sertão...” Ele ia ficar orgulhoso.
ResponderExcluirAlguém aí falou em Sítio do Mané? Oba, estou dentro! Lugar lindo, maravilhoso. Não vou nem levar lápis e papel para a viagem não remeter a palavra trabalho. Quero sorver as belezas do lugar e registrar tudo nas gavetas profundas da memória.
ResponderExcluirPoesia inspirada: retrata bem o cenário e as agruras do sertão.
ResponderExcluirMuito linda a poesia. Já estive no sertão da Paraiba, me lembrou muito lá. Gosto desses lugares assim, e a poesia mostra bem essa terra esse povo.
ResponderExcluirMuito bom. Me senti no sertão agora, senti o sol queimando minha testa.
ResponderExcluirEita, saudade do sertão, hein, Maria? O sertão é seco, esturricado, mas mesmo assim é belo: dá saudade e dá poesia. É um quadro lindo de se ver e uma dor profunda de viver. E o mais bonito de tudo é amor que o sertanejo tem pelas terras onde nasceu. Alguns só fogem da seca no último pau de arara, mas tem aqueles que não fogem nunca. Viva vovô João Sabino que foi sertanejo até morrer!
ResponderExcluirCê num vei ainda purcausdique? "MINAS É O MUNDO" Por aqui tem um pastor engraçadinho que diz que Minas é a terra que mana leite e mel. KKKK
ResponderExcluirEstou louca pra ir, vamos combinar. Vi o sítio do Mané e me apaixonei a primeira vista. Vou adorar conhecer a terra que mana leite e mel, principalmente pelo leite e derivados, porque de mel não gosto muito. hahahaha
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