A equipe desse nosso bloguinho viajou para desfrutar três dias de férias numa praia maravilhosa escondida nos confins do Rio Grande do Norte: Areias Alvas. Povoado singelo de uma única rua, município de Grossos, cidade vizinha bem próxima a conhecida Praia de Tibau. Atração turística de Areias Alvas: a existência do segundo maior cajueiro do mundo. Entre as pessoas do lugar circulam algumas lendas que cada um conta do jeito que bem quiser. Conta-se que “Rafaiel” um dos primeiros moradores do vilarejo se transformava em Lobisomem em noites de lua cheia. Existe ainda a lenda do “Batatão”, que seriam bolas de fogo vistas a noite vindo do meio do mar para a praia. Se alguém ousar se aproximar, uma bola de fogo despenca do alto na cabeça do curioso. Os mais cientificamente instruídos explicam que essa lenda surgiu por causa dos habitantes marinhos que circulam à noite iluminando as águas como vaga-lumes. Conta-se também que há muito tempo atrás, cerca de 40 anos, uma Coordenadora da Educação visitou a escola do povoado e para testar os conhecimentos dos poucos alunos, resolveu perguntar se eles sabiam quem havia descoberto o Brasil. Fez-se um profundo silêncio entre os pequenos. Até que percebendo que ninguém responderia, uma menininha muito desconfiada ergueu timidamente o braço e respondeu: “Foi Rafaiel”. Sugiro, portanto, duas interpretações para o episódio: ou o tal Lobisomem Rafaiel existiu mesmo e chegou ao Brasil antes de Cabral, sendo, portanto, o real descobridor das terras Brasileiras ou, por outra, por ser considerado um personagem de grande importância o tal Rafaiel acaba sendo citado em todo e qualquer feito grandioso.
No último dia de nossas curtas férias desfrutando da paz do maravilhoso lugar, fomos catar mariscos na orla e mergulhar nas águas calmas da praia seca. Num relance, uma calda graciosa é vista completando seu tranqüilo mergulho matinal bem perto de nós. Era um filhote de tubarão de aproximadamente um metro. Além de mim e Marina, ninguém mais se importou com a presença do rapazinho. Disseram que ele não era de briga, estava ali tão somente pescando peixinhos. Marina e eu caímos fora imediatamente, o inexperiente predador bem poderia confundir um dedinho nosso como sendo seu lanchinho. O restante do grupo permaneceu por lá, entre eles Maressa e Irak, os administradores deste nosso querido bloguinho. Devo admitir que além de contadores de histórias, esse pessoal é bem corajoso. Não os invejo, prefiro guardar comigo um ditado que diz: filhote de tubarão, tubarãozinho é. E nada duvidar deste meu relato, considerando que sou escritora e a profissão exige que façamos lá uns aumentos e umas modificaçõezinhas da realidade. Contei o fato tal e qual aconteceu. Podem acreditar sem susto na existência do tubarãozinho, garanto que essa parte da narrativa é pura verdade visto que fui eu a primeira a ver o bichinho. Tudo bem que quando eu voltar novamente a Areias Alvas o tubarão dessa minha história vai estar com uns quatro ou cinco metros, fazer o que? Enquanto Xavier morar por lá, as histórias fantásticas do lugar vão sempre crescer da noite pro dia.
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Cenário Lindo: Praia de Areias Alvas
Veículo dos pescadores do Vilarejo
Margarete e
Xavier - grandes contadores de Histórias
Duas Meninas: uma se chama Marina e a outra, Maressa
Maressa e Marina: empenhadas na construção do castelo de areia
Um trabalhão para construir esse Castelo?
Aqui tudo é Mar: o Mar, Marina e Maressa